EdLua.Artes

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Blog mantido por Lua Rodrigues e por mim. Trata de Artes, Eventos Culturais, Filosofia, Política entre outros temas. (clique na imagem para conhecer o blog)

sábado, 7 de maio de 2011

Bom, aqui vai a poesia de Hoje...

Mas, antes, algumas palavras de explicação absurda.... faz tempo que não "falo" com vocês meus amigos. Bom, Começo do conto "Sonho de Outono", gostaram dele? Espero que sim... Não é segredo pra ninguém que meus contos falam de relações humanas em situações estranhas, geralmente vividas na pele por esse escritor que vos escreve. Certo, os personagens são inventados...
Esse conto tem, como qualquer outro, um objetivo. Quem gosta de ler meus contos sabe que procuro mostrar partes de pessoas que nem sempre são visíveis... Mas, nesse conto, o que está em foco não é a pessoa do Edson nem da Francesca, e sim a comunicação entre elas. Escrevi esse conto pra causar uma discussão sobre a comunicação... E, acreditem, eu precisava escrever na tentativa de entender o que aconteceu na cabeça de uma pessoa... Não consegui com o conto... teve que ser uma lição mais dura...
Ilustro-a na poesia a seguir! Espero que apreciem... E quero agradecer à pessoa que me fez entender tudo isso... Não posso dar nome, mas ela saberá que falo dela...

Somente Às Vezes, Compaixão...

Edgar Izarelli de Oliveira


Às vezes, acho que ninguém me entende!

Compaixão alheia quase sempre vem pela metade, ou menos,

Um terço, quem sabe, de orações pelo meu sofrimento...

Às vezes, é o bastante saber que existem pessoas e coisas pra se apoiar,

Ou para amortecer um pouco as dores da queda...

E, às vezes, só a teoria já basta pra entender os segredos que a compaixão não revela.


Às vezes, acho que entendo bem os outros...

Palavras, moderações, pensamentos e sensações não deveriam ser assim tão trincadas

A quem já é do ramo da escrita há tanto tempo...

Mas, a verdade é que minha compaixão é quase sempre tão incompleta

Quanto a que me é dada, nos momentos piores da vida.


Muitas vezes eu esqueço que sou apenas humano,

Muitas vezes desejo ser tratado como eu trato todos os outros.

Muitas vezes quero entender tudo que se passa dos dois lados do mar da comunicação,

Quero resgatar sentidos que não foram pescados, formas que se perderam no vento,

Explicações que naufragaram em palavras ditas com a sinceridade de uma interpretação poética...

Quero ver o que existe do outro lado do rio das palavras e ações fluentes da vida

E acho que acabo esquecendo que muitas coisas não adiantam nada para essa compreensão...


Às vezes, não adianta entrar num personagem do romance que estou lendo,

Ouvir longas histórias de pessoas mais velhas e experientes,

Assistir novelas, filmes, séries de tv, documentários científicos explicando banalidades,

Nem gritar ao mundo “eu entendi!” nas letras de canções que mostram as mesmas dores.


Às vezes, não adianta nada imaginar de maneira artística o que se passou...

Não adianta escrever contos ou versos, letras de canção...

Não adianta inventar causos e hipóteses que mostrem mil possibilidades...

Não adianta pintar quadros abstratos ou surrealismos, retratos de ilusões...

Não adianta desenhar linhas no escuro do teto da noite entrando no quarto...

Nem encenar a outra parte da peça em um teatro interno, cheio de fantasmas...


Não adianta nada a filosofia, o pensamento lógico, o cálculo

De todas as distâncias e dimensões, porcentagens, margens de erro,

Usar computadores celulares, ou outras invenções quaisquer, não!

Às vezes, não adianta nem dias vagos em deus boiando nas curvas do horizonte...

Nem fazer simulações e suposições, projeção, de você na pele do outro...

Tudo isso é só consolo e tentativa de entender outros mundos a partir do nosso...

Tudo isso é só especulação arbitraria e não serve nem sequer de binóculo.


Somente às vezes, para ver o outro lado do rio é preciso cruzar a ponte do olhar...

É preciso que alguém vire a mesa e jogue teu jogo contra você...

Tuas cartas, sentenças, intenções, táticas, estratégias, armadilhas, defesas e verdades...

Aí você se vê com as dúvidas e sentimentos do outro. Compaixão plena!

O que faço agora com minhas palavras, intenções e atitudes?

E, de repente, você conclui que nem você sabe lidar consigo mesmo...


Eu tive que passar pela brutalidade da prática

Já que a suavidade da teoria da regra de ouro nunca me disse nada...

E, pensando bem, até a poucas horas atrás, sempre me foi negada...


Mas se quer saber como eu me sinto, eu respondo que estou feliz!

Finalmente alguém falou minha língua secreta!

Encontrei alguém com quem posso ser eu mesmo

E que me desafia a enfrentar minhas próprias regras.


Mas estou triste, por que, finalmente, entendi a angústia que causei a tantos corações,

Durante a busca pelo bem desses mesmos corações, hoje tão cicatrizados!


E ainda me resta tanta coisa pra entender nesse mundo de relações encrespadas...

Que, agora, tenho até medo de sofrer...


Compaixão pela metade não basta pra se aprender a viver,

Mas talvez baste pra se ser feliz!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Um conto

Sonho de Outono

Edgar Izarelli de Oliveira

Era um final tarde de Outono, o chão triturado de folhas coloridas parecia refletir a luz alaranjada do poente, era maravilhoso... Encantador... Mas nem todos os casais presentes ali, naquela praça, pareciam concordar com minha descrição... A maioria aproveitava o encanto pra se beijar ou conversar coisas suaves e sem sentido, mas um casal, apenas um casal, insistia em permanecer intocado pela beleza e inspiração daquela tarde...

- Então foi pra isso que você me chamou aqui, Edson? Toda aquela história de querer me mostrar uma coisa maravilhosa era uma mentirinha travessa pra me fazer vim aqui e ouvir você me pedir desculpa pela milésima vez? – dizia uma jovem mulher aos berros enquanto se levantava ríspida e alterada do lugar distante de um banco.- Eu já disse e vou repetir mais uma vez, EU NÃO VOLTO ATRÁS, NÃO DESSA VEZ!!! ACABOU!!! Entenda, nosso amor está no passado. Eu te amei muito, mas você não me valorizou... Não soube me amar...- ela parou a frase parecendo zonza e sem orientação.

- Você tem toda a razão, Francesca, toda a razão... Eu não soube te dar o valor que você merece, eu procurava a perfeição, admito, tá bom? Mas eu posso dizer o mesmo, ou quase, de você. Posso dizer que você não soube interpretar nem minhas palavras, e olha que as escolhi com cuidado de mestre, nem minhas ações...- disse ele calmo e sereno ainda sentado, a atitude dele parecia até fria e calculista, mas pela gravidade das palavras, pude perceber que a emoção saia inteiramente. Ele a amava e ainda ama... Ele ia dizer mais alguma coisa, mas ela não permitiu.

- Ok, ME DIZ ENTÂO COMO ERA PRA MIM INTERPRETAR ISSO... – e fazendo aspas com os dedos, ela continuou, ainda mais brava.- Francesca, estou apaixonado por outra mulher, alguém que tem tudo pra me fazer feliz. COMO VOCÊ QUERIA QUE EU INTERPRETASSE ISSO, EDSON? Eu te amo, Francesca? Acho que não...- ela parou e ficou olhando para ele.

- A questão é que EU NÂO DISSE ISSO, ou, ao menos, não exatamente isso, Francesca. Não usei essas palavras, usei!? O que eu disse foi: Francesca, estou encantado por outra pessoa que parece ter tudo pra me fazer feliz...- replicou ele em tom corretivo e, de novo. foi cortado por ela antes de acabar a explicação...

- Que diferença isso faz??? Encanto ou paixão?? No final são dois nomes para a mesma coisa: amor! Você que se considera o craque em matéria de sentido deveria saber disso. – disse ela muito zangada.

- Por mais que possa vir a ser amor, encanto é leviano. Paixão é mais profundo. E se você quer mesmo falar de sentidos, amor, pensa que sentido tem o verbo PARECER TER, pense se é diferente de TER DE FATO. Por que, pra mim, o que eu disse foi meio que uma ironia... Séria, mas feita pra se ler ao contrário... E não é segredo pra ninguém que quem tem tudo pra me fazer feliz é você e mais ninguém, Francesca!- disse ele finalmente mais alterado e se levantando do banco. Ela riu um riso forçado e discreto.

- Quer dizer que eu entendi muito mal mesmo, heim... Sabe qual é a questão? A questão não é o que você disse, nem que palavras usou, nem o que quis dizer com elas, Edson. A questão é que nunca se deve dizer à sua namorada que está encantado por outra pessoa, mulher ou não... Não se deve dizer certas coisas que... Esquece... Você não entenderia nunca mesmo.- ela o olhou com tanta raiva que parecia que queria matá-lo.

- Certas coisas que a sociedade desaprova porque a maioria não consegue entender... Desculpa se não te considerei parte da maioria e achei que você fosse entender... Mas tem razão! Não se deve ferir a etiqueta e protocolo do amor nem mesmo se for pra defendê-lo.- disse ele com força.

- Defender??? Você destruiu tudo o que sentia por você. Tudo. Mas, mesmo assim, ainda quis te deixar um pouco feliz, e te deixei livre pra perseguir a garota dos seus sonhos. – disse ela ironicamente calma.- Vai ser feliz, ela te ama mais do que eu te amei, não é? Ela sabe te entender, não sabe? Ela tem tudo que eu não tenho, não tem? Desejo felicidade ao casal...

- Seria melhor ter escondido de você e deixar o encanto crescer ao ponto de se tornar uma traição, não é mesmo, Francesca?? Você me pediu sinceridade e eu dei. Realmente, você me deixou livre pra perseguir a garota dos meus sonhos, você!- disse ele olhando nos olhos dela.- Pouco importa as imperfeições ou perfeições, se o que vale é o amor... É você que eu amo! Sempre escolhi ficar com você. E mesmo quando tudo se quebrou por um ou dois erros... Eu continuo amando e escolhendo você, o amor mais verdadeiro e sincero. Encantos todo homem tem, poucos são os que assumem... É a diferença.

- Olha, Edson, nada do que diga ou faça vai mudar as mágoas que você me causou nesses últimos meses... Você me excluiu de todas as redes na internet...

- E sempre te adicionei de novo!- retrucou ele com muita força.

- Desligava o telefone quando eu te ligava...- continuou ela.

- E sempre ligava de volta chorando...- respondeu ele já com lágrimas nos olhos.

- Me escreveu uma carta pedindo pra mim te odiar... Eu gosto de você, não poderia te odiar nem se eu quisesse...- disse ela chorando e virando de costas para ele.- Eu vou embora, tá bom? É isso o que você quer, meu anjo, então tô saindo da sua vida! Queria poder ser sua amiga... Manter ao menos um contato com você, você é especial pra mim... E sempre será...- entre soluços, ela deu alguns passos, depois disse mais uma frase em voz tão chorosa que quase não deu pra entender.- Seja muito feliz.

Ele caiu de joelhos ao chão e disse também de dentro de um choro desesperado:

- Francesca, fiz tudo isso pra que você me esquecesse e fosse feliz, mas olha pra nós, estamos chorando ainda, eu só serei feliz com você! Entenda, pelo amor de Deus, Eu amo você!! Mesmo você tendo dito que eu seria capaz de te fazer mal pra que você voltasse pra mim. Mesmo você achando que eu não presto mais pra nada, que sou o dono da verdade. Eu não quero sua amizade porque te amo como mulher Francesca... Perdoa minhas loucuras, mas por você só tenho o amor que nos quer juntos pra casar!

- Eu te amava assim, agora cresce e percebe que acabou... Parece criança mimada ai no chão berrando...- disse ela se virando num olhar fuzilante,

- È isso que eu sou! Uma criança...- respondeu ele olhando ternamente nos olhos dela, não se importando de ser fuzilado.- Uma criança que precisa do teu amor!

Ela até pensou em partir, pensou em deixá-lo sabendo que algum dia ele se recuperaria, ou assim ela esperava, mas essa última frase a deixou curiosa e ela não sabia qual o motivo... Ela se aproximou dele, devagar e incerta, mais de uma vez se perguntando se aquilo era certo... Ela olha nos olhos dele e seus olhos mudavam muito depressa de expressão. Ora maltratavam-no com sessões de raiva, ora acariciavam-no com a ternura da fé, ora não tinham ação nenhuma. Mas, era fato... Ódio e Amor se misturavam tão bem... E ela se deixou voltar rindo e perguntando a ele o que significava aquilo: um homem feito admitindo ser apenas uma criança mimada. Ao que ele responde com a mesma cortesia da época em que se conheceram, ali mesmo, naquele banco de praça:

- Perto de ti, não adianta tentar ser adulto, pois, sinceramente, você me faz feliz feito criança correndo até cair... E a dor, a dor é infantil. Absurdo te perder porque quis nos proteger.

- É paixão pura...- disse ela abaixando os olhos para dentro de si.- Ou amor de verdade? Mas eu posso tentar... Um pouco de fé...

Ela estendeu a mão a ele e ajudou-o a se levantar, depois apontou pra uma folha caindo ao vento e depois apontou pra uma estrela bem brilhante, a primeira no céu daquela noite. Os dois se abraçaram e se beijaram. E era simples assim, perdoar e recomeçar, por que as certezas são folhas ao vento, mas o amor dos dois corações era uma estrela forte pregada ao céu. De repente acordei da minha fantasia, meu sonho de outono... E a realidade me lembrou que as coisas, por aqui, são diferentes...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Epifania- a descoberta de um ser

Epifania

Edgar Izarelli de Oliveira


Os tempos passaram, as coisas mudaram, você está com a certeza certa...

Eu estou no passado, eu sou um cavaleiro antigo a espera de uma donzela pra resgatar!

E, embora tudo tenha mudado, eu creio ainda na arte da alegria Celta!

E minha missão é ser esse passado nesse teu presente futurista e antiquado a cada dia.

Por mais longe que estejas, Milady, no tempo ou no espaço, estarei sempre contigo.

Quando precisares de um nobre medieval, basta entoar nossos cânticos secretos.


Eureca!

E, de repente, tudo faz sentido vago e inexpresso:

A alegação da diferença dos nossos tempos,

A barba longa, os cabelos crescidos, o porte e a inteligência...

A ligação com a divindade das almas, as flores, os cristais, as conchas e marés...

A magia, símbolos, as espadas e armaduras,

A poesia antiga que escrevo, os versos e as rimas ou métricas...

Conhecimentos abstratos se pegam no ar de uma canção...

As marcas de um jeito de viver as coisas mais intensamente,

Escrituras feitas com e por amor, tristezas, alegrias perenes ou morte, transformação,

A falta de musas internas com tantas se oferecendo nas esquinas de pedra...

O jeito de pensar, a maneira de sentir, as dúvidas e as certezas, o modo de agir,

Que ainda resguarda um pouco de cavalheirismo num mundo selvagem por natureza...

As virtudes nas quais acredito, a felicidade que busco, as confidencias...

O modo enfático e apaixonado da minha expressão, o modo de enfrentar as coisas,

As insistências inúteis de tropeçar com alguém que ainda crê na força das palavras,

As filosofias abandonadas, as dimensões e distâncias do sagrado, as lembranças...

A chuva de inverno, o gosto que a simplicidade lunar tem para mim, o Santo Graal!

A honra como ar, a sinceridade como sangue, a emoção como coração,

A crença como razão destinada a se cumprir, a fé faz a mente pura ou não...


E essa epifania, não me deixa outra escolha senão viver de esperanças,

Ou mudar tudo e renovar até arte da minha alma por novas lógicas de exclusão,

Ou, ainda, deixar tudo como está e acabar em pesadelo com cara de robô!

sábado, 30 de abril de 2011

poesia...

Cicatrizes

Edgar Izarelli de Oliveira


Meus olhos vermelhos imitam o brilho dos rubis no fundo do rio,

Quando olho, cheio de afetos mesclados, os retratos rasgados

Mostrando meus antigos sorrisos sinceros,

Meus olhares mais lúcidos em brilho de diamante,

Meu corpo com mais músculos e menos peso pra se carregar...


Mas veio a tesoura do destino cortando tudo,

Amigos, peças de teatro, namorada, versos, prosas, conversas e esperanças...

Todos os pilares foram repicados como se fossem folhas de papel velho.

E, nesse picadinho que fizeram da minha vida,

Rasgaram brutalmente meu riso das minhas faces,

Rasgaram a sanidade das minhas qualidades,

E a felicidade da minha vida.


E hoje ainda choro os sonhos cortados...

E hoje nem me reconheço mais...

O espelho me mostra tão fraco e sem vontade de lutar.

E eu já tentei recomeçar,

Mas, dos momentos que hoje se sucedem,

São raros os que enxergam a própria beleza...


E essa tristeza, que insiste em se expor ao mundo,

Na verdade, não sai do meu coração machucado...

E olha que é só reflexo externo do vazio que sinto...

E olha que já tentei quebrar os espelhos do mundo

Mas não consigo quebrar a força das minhas lembranças!

sábado, 2 de abril de 2011

1º Encontro Literário da Costa Sul..

Bom noite, gente!

Notícias de hoje com atraso de uma semana, mas acho que ainda merece ser divulgada, nem que seja como uma maneira de proposta de protesto...

Na sexta-feira, dia 25 de março, participei de um encontro de escritores da Costa Sul (não me perguntem porque “costa sul”) em São Sebastião, organizado pela Secretária da Cultura da cidade. O evento consistia em apresentação de novos livros. Eu apresentei “Infinitivos”, além de mim, participaram mais quatro autores: Césare Perroti (obra: Eu, cão), Aluisio Dias Lopes (obra: AII - A LINGUA LUZa), Aroldo da Hora (obra: Marcas do Sistema), Gianpaola Whitaker Guidotti (obra: “Barra do Sahy – 30 anos de uma aldeia”).

O evento, em si muito bem organizado, parabenizo e agradeço ao prof. João (organizador), proporcionou uma interação e compartibilização de idéias entre os escritores... Momentos de conversa produtiva em se tratando da criação literária e de seus propósitos, bem como discussão linguística, são importantes, sim, para os autores.

Entretanto, devo arriscar-me a dizer que não atingimos o objetivo esperado para aquela noite. Repito, o evento estava muito bem organizado, mas o público infelizmente compareceu em minoritária parcela se compararmos ao número de convidados...

Infelizmente, nossa brava gente brasileira ainda não tem cultura suficiente para valorizar seus livros e, falando francamente, valorizamos só aquilo que está na mídia... Eu não me excluo tanto disso, também sou jovem... Mas creio que se a mídia, principalmente a televisiva, mais especificamente as grandes potencias da TV, valorizasse mais a nossa ARTE atual, dando mais opções ao nosso campo intelectual, mais teríamos a cultura de valorizar o que é nosso, e as pessoas frenquentariam mais eventos realmente culturais... Falta divulgação. Falta a mídia cumprir seus papel social de oferecer mais a quem tem pouco, mas com qualidade e não democracia populista, como faziam na antiga Roma e se faz até hoje na s grandes emissoras de TV, entretenimento barato para fazer o povo esquecer os problemas e/ou incentivando coisas que não são sociavelmente agradáveis. Sim, isso é um protesto!

Boa noite, um abraço.

Desligo por hoje!

sábado, 19 de março de 2011

Poesia para refletir.

Bom dia, pessoas, que saudade! ... Tive uma crise muito forte de inspiração, por isso me afastei um pouco. Parece que agora ela está voltando, ainda tímida e sem jeito, mas, ao menos, está voltando.

A poesia dessa manhã de sábado, escrita ontem à noite ou hoje de madrugada, é resultado de uma busca intensa que fiz dentro de mim. Depois de algumas situações que a vida, ou Deus, nos prepara, experiencias que até podiamos viver sem culpa , na maioria das vezes, e não conseguimos... Não por que estamos presos ao passado ou ao futuro, mas por que aquilo simplesmente não tem o plano do conteudo ou, se tem, não é tão forte e não é tão gostoso de viver, deixando só a forma vaga daquilo que não o é ...

Eu, como pessoa, me conmsidero um poeta e, nesse ponto, personalidade, prazer e profissão se misturam em uma só coisa indivisível. Não gosto muito de coisas superficiais e passageiras, sou amante das coisas intensas que deixam marcas profundas por mais dolorosas que sejam elas. Para mim, como para Lucas, o corpo só é bom enquanto tem siginifiocado; quando se torna significante puro, já não importa mais o prazer que me dá, vou sentir falta, saudade, vou desejar de volta as palavras e os gestos simples de Stella que deixei no altar, suspensa sobre as dúvidas que me traz um corpo ardente de uma mulher mais velha. E depois? Tenho que depurar minha alma.. Para desc obrir um novo sentido para mim e para o mundo...

Francamente, estou aqui limpando minha alma e revirando minhas mentiras internas... Já sei o que eu quero. A questão é que, como aconteceu com Lucas & Stella, também não dei o devido valor ao que de mais valioso que um homem pode sentir. Achava que existia algo além e hoje vejo o quão bestia pode ser a ambição humana. A diferença é que nos contos posso fazer Saturno representear Lucas com mais do que perdeu, aos poucos, bem lentamente, por merecimento. E na vida real? Será que Deus tem um pouquinho de Saturno dentro de si? Quero acreditar e ter fé que sim!

Tudo isso é metáforio, gente.. Encarem como um depoimento secreto de um homem que nunca existiu no Retorno de Saturno.

Bom, quem conhece meu trabalho sabe que existem constantes e fases. Amor, Vida, Paixão, Amizade, Morte e Realidade, se confuidem e se entrelaçam o tempo todo na minha poesia e prosa. Agora vos apresento "O Templo Gigante da Minha Alma Pequena", tem a ver com tudo que escrevi acima e mais ainda, faz um oposição entre o que as pessoas acham que sou e sou de verdade.

O Templo Gigante da Minha Alma Pequena

Edgar Izarelli de Oliveira


Milhões de almas já passaram diante desses portões trancados.

O centro das inexplicáveis adorações...

O paradigma mais próximo da fé.

Acreditam que o que quer que esteja preso ali dentro é brilhante

Sem se atrever a pensar que pode ser algum monstro...

E esperam ansiosos pela chave das portas.


Milhões de almas já passaram aqui,

Cada qual com sua história e sua interpretação,

Cada qual com seu ritmo, seu jeito, sua mania,

Cada qual com suas esperanças de rever o segredo fechado,

Cada qual portando em sua oferenda o desejo de possuir um pouco mais de mim.


Algumas me trazem palavras cheias de brilho.

Algumas me deixam pequenas estatuetas de vidro;

Algumas me escrevem pequenos versos de romantismo,

Enquanto outras, mais ardentes, preferem me dar a realidade de uma noite a dois.

Outras ainda me deixam abraços zelosos e atitudes amigas...

Outras, mais desesperadas, falsificam chaves pra abrir meu coração

Ou tentam arrombar a porta a tapas e pontapés...

Estas, coitadas, se abrirem a porta encontrarão o silêncio mortal

E não terão nada mais que um minuto olhando pilastras tortas.

Só aquela que tem a chave da sutileza abrirá a porta desses mil anos.

Todos a esperam com a fé inabalável de criança em noite de natal.


Milhões de almas já passaram por aqui... E de que adianta?

As paredes escuras desse templo não pedem oferendas ou provas de fé!

Não quero receber romarias pagando promessas

Nem ser centro de peregrinos famintos de milagres.

Não sou milagreiro, sou homem comum, homem que ama, que faz versos,

Homem de simplicidades em complexos emaranhados...

E, acima de tudo, homem que espera a liberdade voltar.


Mas entre milhões de chaves de metal, pés-de-cabra e grampos-de-cabelo,

Ainda não voltou o amor sincero.

Ainda sou um templo de segredos fechado para visitantes.

terça-feira, 1 de março de 2011

Hipnose - Edgar Izarelli de Oliveira

Aula de literatura,

Sala grande e silenciosa,

Barulho de ventilador sussurrando

O vento que toca suavemente a pele,

O professor de cabelos brancos

Distante, lá no meio da sala, falando baixo e lentamente,

Com voz grave, discutindo o que já não precisa de discussão

E repetindo as mesmas explicações...

Velhos livros e conceitos antigos tentam resumir a modernidade...

Canetas escrevem incansáveis...

De frente para janela, lá fora a chuva fina molha o vidro...

As folhas balançam sopradas pelo vento natural do Outono chegando...

Belas pernas femininas balançam devagar,

Distração completa e sensual...

Chamado ao reino dos sonhos...

Meus olhos caindo, minha mente cochilando,

Meus músculos dando espasmos e minhas lembranças acordando

De outros tempos para este, sem regras, sem risos ou lágrimas...

Para que um relógio de bolso pra lá e pra cá?

Pra que olhar nos olhos?

Pra que hipnose?

Já tenho aula de literatura…

Só me resta…

Dormir...


(escrita hoje, durante a aula de literatura... rsrsrs)

abraços, galera
Ed

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Além disso...

Bom dia, pessoas.

Como sabem, lancei o livro "Infinitivos", recentemente. O livro está à venda no site da editora, clique AQUI e confira! Vou preparar uma página de links das editoras pra quem quiser adiquirir meus livros.
Mas, além do lançamento, dei uma palestra no colégio Tancredo Neves, Ubatuba. Na ocasião, última terça-feira, conversei com alunos da antiga 8ª série. Conversamos sobre a importancia de ler, o prazer de escrever. Tentei incentivar os novos talentos da literatura a quebrarem o casulo e voarem, mas não sei se consegui. Tenho que relatar um comentário de um aluno. Disse que uma de minhas poesias lembra a biblia. Achei muito relevante o comentário, não por ser comparado a biblia. Na verdade, eu sei o porquê desse comentário, mas, pra mim, tocou bem mais profundo do que mera conjugação verbal. A biblia usa a 2ª pessoa, an poesia eu também uso a mesma conjugação. Mas, fiquei pensando, por que a biblia? Referência mais próxima talvez. A questão é que a biblia tal qual e como é utilizada hoje, ou há pelo menos 1700 anos, prega justamente o contrário da minha poesia, mas pensei nas origens judaicas e vi que não está tão distabte assim, pensando na biblia como metáfora, claro.

Foi bem legal, interativa, a palestra. Agradeço ao Tancredo pela oportunidade.

Gosto muito de trabalhar com jovens. Por isso estou desenvolvendo um projeto para incentivar a criação literária entre esse público promissor.

Além disso, postei hoje na galeria as fotos do lançamento.


Abraços gente!
Ed

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Infinitivos: Onde Tudo é Possível. A Festa

Buh!!!

Boa noite, pessoas!!!

Eis que resolvi aparecer feito assombração. Voltando das tumbas do além... “O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou! Conheceu os jardins do Éden e os cantou!” CAZUZA!!!

Não, agora é sério... Desculpem a demora para compartilhar com vocês o lançamento do meu livro. Problemas pessoais, resolvendo coisas da vida acadêmica também... fora a viagem.

Mas, vamos voltar ao trabalho, lentamente...

Bom, o lançamento de “Infinitivos”, no último dia 12, foi o que eu chamaria de evento completo, ou quase, faltou arte visual... Mas também não teria muito onde expor...

O vento foi bem organizado pelo pessoal da base do Projeto Tamar de Ubatuba em parceria com a Fundart. Deixo meus agradecimentos à equipe do Tamar, principalmente ao Bruno, e ao Pedro Paulo, diretor da Fundart.

Agradeço também aos convidados que deram tanto brilho à festa! Falo dos convidados em geral. Afinal, lançamentos são como batizados; é a apresentação de uma criação metade humana metade divina a um mundo exterior. Os convidados são as pessoas que primeiro recebe essa criação. Me sinto grato por ter tantas pessoas que podem receber meus livros de braços tão abertos, e com a mente tão aberta, com o coração tão disposto a entender essa possibilidade nova de vida. (risos) Falando assim, parece mesmo que é mais do que um livro...

Certos convidados ainda prestaram homenagens, mesmo sem me conhecer... A eles ainda mais grato estou... Declamar poesia é difícil, é uma arte à parte! E realmente os convidados especiais da noite conseguiram me emocionar muito declamando poesias de livros passados. A homenagem realmente foi linda!

Julinho Mendes abriu a cerimônia cantando “Mais que Amor” numa melodia animada composta por ele. Após isto, minha mãe, Denise Oliveira, apresentou minha trajetória de vida. Em seguida, José Carlos Góis, Marisa Taguada e Tia Helô declamaram as poesias: “Lhe Pedirei”, “Só Saudade” e “Travesseiro”. Para finalizar, eu expliquei as idéias centrais do novo livro. Foi realmente lindo...

Quero agradecer de todo o coração aos meus amigos e minha família que tanto me deram forças nesse momento difícil pra continuar ao menos minha carreira. E agradeço a Deus por tudo!

Abraços galera!

Ed


(em breve fotos)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Lançamento...

Bom gente, estou indo lançar o Infinitivos em Ubatuba, conforme anunciado anteriormente... Mas não vos deixo sem um poesia nova...

Uma Última Prece

Edgar Izarelli de Oliveira


Minha morte completa ainda não veio...

Ainda tenho um pouco de ar dentro do caixão...


Minha respiração fraca não me permite alçar-me a um futuro,

Mas ainda tenho, em meu corpo ferido e no meu decrépito coração,

As lembranças dos sonhos, e a saudade sem cura, e o desejo de coração,

A esperança e a fé se misturando pra uma última prece.


Espero que essa prece alcance o céu...

Espero que ainda dê tempo de assumir o que quero...

Espero que eu possa dormir em paz na relva...

Espero que esse último fôlego se extinga rápido

Ou me abençoe logo de uma vez, me trazendo algum futuro

Aos meus anseios pelo que acabou...


Morte, me leve pra longe,

Onde a fênix ainda possa renascer,

Onde a mão macia da deusa ainda possa me dar o remédio certo,

Onde, por ventura, eu encontre o sono confortável...


O tempo fecha a porta do mausoléu.

Apenas uma pessoa tem a chave e o remédio anti-morte...

Enquanto ela não vier, estarei em coma...

Morrendo aos poucos...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Cripta


Edgar Izarelli de Oliveira


De longe, o mundo sempre verá um muro colorido,

E grandes portões de entrada abertos,

E espaçosos campos floridos....


Quem se aproximar, talvez perceba o cinza enferrujado das grades,

E as cores desbotadas da vida murchando no muro,

O jardim destratado, o caminho de pedras cheio de musgo

Se encarregará de conduzir a vista à capela central...


Quem ali entrar, terá de seguir o caminho,

Por que o portão se fechará

E, então, quem sabe, veja as cruzes de pedra e madeira fincadas no chão,

E os ornamentos e flores sagradas, os nomes das virtudes enterradas...

E se conseguir passar por esse pesadelo, quem sabe, note o cemitério

E descubra a cripta no mausoléu com fachadas divinas...


Se enxergar, por baixo da poeira dos tempos e das camadas em degrade,

Quem sabe, encontre o caixão de vidro que resguarda

Os restos mortais de um trovador e suas trovas finais

Escritas à tinta vermelha sobre seu corpo,

Com caligrafia carinhosa de mulher e os caprichos da paixão...

E talvez pudesse ler a última estrofe de uma canção:


“O caixão de vidro guarda meu corpo sem vida.

Meu corpo sem vida é cripta de uma alma morta,

Minha alma morta me serve, ao menos, de túmulo

Ao mistério que ainda se debate na cova do esquecimento...

Ainda procuro a resposta plena e absoluta.“


E, quem sabe, repare na expressão profunda de seus olhos vidrados

Procurando uma resposta além da vida humana...

A pergunta no teto, a atmosfera talvez caia sobre quem a lê...

“Morri de amor, o amor morreu em mim ou o amor morreu de mim?”


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reitero o convite para o lanlamento de "Infinitivos: Onde Tudo é Possível"

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Poesia de "Essência"

As mais belas espadas



Esses cortes

Feitos pelas lâminas mais afiadas,

As mais belas espadas...

Te machucaram??

Nessa triste despedida

Meu sorriso ficou evidente,

Não por ver seu sangue

Derramado junto com as minhas lagrimas

Mas, por eu ter usado

As mais belas armas divinas

Em nossa despedida.

Eu te cortei

Com as mais belas palavras......

Palavras que revelaram a magia

Do seu amor,

Mesmo na hora de vossa morte,

Mas, no mesmo instante, que sorria, chorava de dor

Por ter feito isso....

Agora te peço, amor,

Deixe-me curar-te desses cortes que te fiz,

Deixe-me usar essas tão belas espadas

Para bem de quem amo,

Deixe-me amar-te infinitamente,

Deixe-me vê-la renascer do calor de nossa magia,

Deixe-me abraçar-te novamente

E perdoa-me, mais uma vez, como sempre.

Ou teste-me

Para saber o quanto aprendi

Por ver você sofrer por minha causa.

Por favor, renasça!!!

E prove-me que você não é igual a mim,

Perdoa meu erro como uma deusa perdoa um mero mortal!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Infinitivos: Onde Tudo é Possível. Notícias do minha nova Obra...

Como sempre, meus acessores divulgam a notícia antes de receberem meu ok! Certas coisas nunca mudam... Mas, depois de mais um incrível furo de reportagedm, me resta dar a notícia...
Meu novo livro, "Infinivos - Onde tudo é Possível" está com lançamento previsto (não se esprera mais a confirmação sabem...) para fevereiro, na cidade de Ubatuba...
Estarei indo arrumar os detalhes esse fim de semana.

è isso...
Abraços
Ed