EdLua.Artes

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Blog mantido por Lua Rodrigues e por mim. Trata de Artes, Eventos Culturais, Filosofia, Política entre outros temas. (clique na imagem para conhecer o blog)

sábado, 16 de junho de 2012

A procura de patrocinio...

Estou buscando patrocínio de R$ 10.000 para publicar mil exemplares em formato 22X27,5 cm, de meu novo livro!

“Enigma”, o novo trabalho que pretendo lançar ainda este ano, contém 61 poesias com formas muito variadas. A obra mescla quase todas as fases da minha poética, mas, em especial, a parte mais “intimista” e “conflituosa” de 2009, que foi suprimida de “Infinitivos: Onde tudo é possível” por alteração de objetivo neste último; e, também, parte da produção mais “secreta” do segundo semestre de 2010. À primeira vista, a idéia do livro pode parecer semelhante à escola parnasiana, pois, se trata da poesia falando sobre a poesia, porém, um estudo mais avançado revela o diferencial, brilhante ressaltado no prefácio de meu grande amigo, Juca Fernandes. É um ponto de vista que se estende além da arte pela arte e mostra intimamente a relação entre poeta/poesia e o prazer contraditório obtido através do fazer poético. Grande maioria de poesias inéditas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados....

Língua dos Amantes

Edgar Izarelli de Oliveira


Desculpa a ausência de palavras belas e mimosas

Que o romantismo geralmente impõe aos poetas da madrugada;

Desculpa a ausência dos jogos de sentido tradicionais; das rimas;

Dos versos devidamente metrificados de acordo com as regras

Dos sonetos clássicos que registravam as antigas paixões...

Desculpa se, até mesmo, falta um pouco mais de poesia neste texto,

Mas, depois de pensar durante alguns dias, acabei concluindo:

Nosso amor nunca caberá em nenhum vocábulo

De nenhum vocabulário.

Mesmo que eu percorresse o dicionário de todos os dialetos

Vivos, mortos, marginais, marginalizados, esquizofrênicos, bissexuais, platônicos,

Assexuados, puristas e inventados em qualquer língua falada, escrita, sagrada...

Neologismos futurísticos que eu mesmo possa vir a criar seriam só protesto,

Mas, não seriam amor!

Sim, ate podia cogitar uma metáfora e usar a liberdade poética

Pra tentar traduzir e transmitir, pelo menos, a essência

(Já que a forma me é impossível discernir)

Dessa mescla indissolúvel de necessitar e querer

Que eu finalmente me sinto compreender e aceitar como tal;


Mas, quando me viro e observo o horizonte pela janela do quarto,

Forçando os olhos atrás da imagem que poderia preencher este vazio,

Percebo que a luz do sol poente só me traz a beleza cúmplice e complacente

Que tem o teu corpo, a tua voz, o teu jeito de olhar, a tua forma de me chamar...

E eu permito que a metáfora vire papel ao vento, pipa sem varetas ou rabiolas,

Presa pela fina linha da língua natural dos amantes que temos entre nós!