EdLua.Artes

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Blog mantido por Lua Rodrigues e por mim. Trata de Artes, Eventos Culturais, Filosofia, Política entre outros temas. (clique na imagem para conhecer o blog)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Como minha poesia mudou!!

A poesia a seguir é do final de 2009 ou início de 2010. Pertence ao estilo lírico-romântico da época, em que, aliás, minha poesia só se desdobrava por essa vertente básica. Digo básica porque, não adianta renegar as origens, o romântismo sempre foi a base da minha poesia, embora eu twnha várioa estilos dentro dessa linha e tenha me indentificado muito mais com os estilos criados a partir do meio do ano de 2011, pois, me permitem enveredar por todos os caminhos e linhas da poesia intimista, não só a este romantismo. Bom, quem conhece meu trabalho certamente notará, se observar com cuidado, uma grande diferença em se tratando de forma (comprimento dos versos, disvisão de estrofes, jogo gramatical de palavras), muito embora os estilos sejam parecidas em alguns aspectos, como, por exemplo, no trato da sonoridade. Entretanto, creio que a grande mudança está na maneira de experienciar sentimentos e expressar o que sentia. Hoje vocês perceberão que antes eu gritava muito minhas emoções sem antes trabalhá-las ou mesmo concentrá-las, como faço atualmente nas poesias reflexivas. Caso alguém se pergunte, a poesia que será postada não tem relação nenhuma com meu emocional.

Ursinho de pelúcia


Edgar Izarelli de Oliveira



É! Meias palavras não dizem nada,

Apenas sugerem infinitivos...

É! As meias cenas não mostram

Meus gestos mais incisivos!




Minhas letras distorcidas são a prova do amor que há em mim...

E meus soluços convulsos já tão confusos apenas tentam dizer

O que palavras inteiras, em frases bem costuradas, cozidas, construídas,

Convictas do conserto invicto, falharam ao expressar!

Esse concerto descompassado conjura comigo um conciso sim,

Ponho fé, confiança, combino invocações inconscientes nesse sim!

Congelo antigas magoas insistentes, tristezas de pedra bruta, consistentes,

Evoco tímidas palavras confortáveis, conciliáveis, maleáveis, inconseqüentes,

Conglomeradas, espalhadas, espelhadas, tentando dar espaço à felicidade!




É! Minhas emoções são mesmo incompreensíveis, incômodas e mordazes,

Meus desejos de compartilhar contigo sensações mais fortes me são negados

A cada correspondência incorrespondida que o carteiro traz de volta,

Com os dizeres: “destinatário não encontrado”

E a cada chamada que cai na secretária eletrônica...




E apesar de passar as noites guardando teu sono,

E apesar de estar espremido entre seus braços,

E apesar de te conhecer como ninguém,

Sou só um ursinho de pelúcia

E todo o amor que destino a ti

Não pode passar de um abraço amigo

Não vai além de uma palavra de consolo

Não é mais que um sorriso e um olhar carinhoso

Numa noite triste, escura e fria...




Sou apenas um ursinho de pelúcia,

Eterno amigo das mulheres,

Não tenho o direito de ser amado como homem...

E passo os dias mais felizes da tua vida,

Momentos que gostaria de viver contigo,

Numa estante alta, jogado às traças!