EdLua.Artes

EdLua.Artes
Blog mantido por Lua Rodrigues e por mim. Trata de Artes, Eventos Culturais, Filosofia, Política entre outros temas. (clique na imagem para conhecer o blog)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Um texto para reflexão...

Pergunta-se: Qual outra arte, além da suposta "arte do afeto", não exige tudo isso de seu artista? Toda essa entrega e desdobramento de si mesmo para uma outra existência? Toda e qualquer arte é feita de afetos, não vive sem eles... E, muito além disso, toda arte troca uma vida inteira, reiventando-se em cada obra ou momento de criação, com seu artista. Como num casamento compartilham-se mutualmente entre amores, raivas, desejos e incertezas... Toda arte é, naturalmente companheira pra todas as horas em qualquer dimensão! Não existe arte sem afeto nem arte do afeto, existem pessoas que demonstram afeto em artes diferentes, caminhos, rotas de escape, portas, buraquinhos na parede de lã que separa as vidas das pessoas... Mas, todo afeto tem uma arte escondida que, se for refreada e trancada pessoa a dentro, não causará mais que a escuridão de uma noite sem lua e sem estrelas.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Acabei de Escrever

Karma Findado (Erros, Escolhas Certas e Esperanças)


Olha só como é deprimente a depressão:

Rasguei, entre sinceras lágrimas,

Tudo o que me lembrava a pessoa amada.

Cartas, número de celular, e-mail, perfis em redes sociais, retratos...


E conservei, como divinas relíquias,

As fotos da pessoa errada..

Seus desenhos, suas idéias, suas palavras...

Só me serviram para aumentar a minha ilusão.


O tempo passou e as memórias me trouxeram o que tentei expurgar de mim,

Aquilo que, na verdade absoluta, nunca rasguei:

O sentimento que as trevas de uma chuva de verão sopraram...


O tempo passou e minhas memórias me deram a certeza da qual nunca duvidei:

De baixo daquela casca fina de arte, magia e perfeição, havia só miragens e desenganos;

E sua imagem partida agora partindo já não significa muito diante da minha vida atual...

Ou, vai ver, nunca tenha sido mais que uma lembrança viva de algum passado sombrio

Que, ainda não devidamente resolvido, voltou para ser relembrado, revivido, repassado.



E, apesar disto, eu reafirmo minha escolha... A mesma daquela noite de tempestade.

A mesma diante da lua minguante de hoje: viver a minha vida presente,

Viver daqui para frente, viver o meu futuro da melhor maneira que eu puder,

Se é que, depois do encontro dos turbilhões do tempo, ainda me sobrou alguma coisa...


Separo, sem chorar, minhas roupas, minhas aventuras, minhas palavras sagradas,

Minhas decisões, minhas pequenas artes, minha alma, minha vida e meu amor sincero...

Vou tentar recomeçar, sem olhar pra trás, mas deixo na estante a caixinha mágica...

E arrebento as correntes desse karma separador, tarde de mais, admito...

Mas ainda tenho algumas moedinhas de Lugh pra pagar um táxi.

Me despeço dessa vida passada, fecho a porta e saio sorrindo forte.

Vendo as esquinas onde eu posso ter errado o caminho.


E se o mal não pode mais ser corrigido, desfeito ou esquecido,

Ainda me resta a esperança de, algum dia, ser perdoado,

Aceito como um erro humano, como qualquer um, como qualquer outro.

Erro de quem tinha a felicidade e se encantou com uma aparente perfeição,

Mas, no último instante, pode reavaliar tudo e fazer o certo...



E, quem sabe, um dia poder me entregar de corpo e alma,

Novamente, à pessoa que amo e ser aceito como sua metade.


Edgar Izarelli de Oliveira

domingo, 21 de agosto de 2011

A verdadeira Arte

Quando se tem alguem para amar é que se descobre a verdadeira, a mais integra, a mais completa e equilibrada entre alma e técnica, a humanidade e a divindade, a derradadeira arte!