EdLua.Artes

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Blog mantido por Lua Rodrigues e por mim. Trata de Artes, Eventos Culturais, Filosofia, Política entre outros temas. (clique na imagem para conhecer o blog)

sábado, 27 de outubro de 2012

Para Viver Melhor



Procura-se a melhor maneira de viver o momento
Edgar Izarelli de Oliveira

Procura-se a alternativa mais controlada
Pra acreditar que tudo vai dar certo,
Sem ter que inventar falsos fatalismos
Ou me render aos conformismos vazios.

Não quero uma dose mortal de expectativas
Jogada a uma possível dimensão futurística...
Nem me contenta entregar tudo na mão da fé,
Pois, não abro mão de acreditar em mim!

Procura-se a melhor maneira de viver o momento
Pois, quero fazer com que o próximo momento flua naturalmente,
Como a corrente de dias e noites que se segue eternamente!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A Sombra por trás de “Guernica” “dell’Arte”!



A Sombra por trás de “Guernica” “dell’Arte”!

O título é uma junção de duas expressões muito famosas no reino das artes: “Guernica”, famoso quadro de Pablo Picasso que retrata um ataque de bombardeiros alemães à cidade espanhola de Guernica, em 1937 (os alemães apoiavam a ditadura de Francisco Franco) e Commedia Dell’Arte, forma de teatro popular improvisado que nasceu na Itália, séc. XV, e tinha como principal característica as apresentações feitas a céu aberto, em ruas ou praças públicas; até hoje se encontram grupos de teatro que fazem este tipo de apresentação. Juntando os dois títulos, eu queria passar a idéia de uma luta para sobreviver indo contra a ditadura (midiática) que nos bombardeia de arte comercial junto com a idéia de que a longevidade da verdadeira arte só é possível com o reconhecimento popular. E, para alcançar este objetivo, se faz necessário que os artistas vão à rua para demonstrar ao povo o que a arte pode fazer se levada a sério, mesmo que para isso os artistas tenham que se sujeitar a algumas coisas que consideram erradas no sistema gestor econômico que “DEVERIA” existir para remunerar quem trabalha com arte.

Uma amiga minha perguntou o que é a verdadeira arte, e eu respondi assim:   

Bom, creio que a sociedade curte certo ""padrão artístico de baixa qualidade"" por que é isso que a mídia acaba transmitindo para criar massificação. Considero que "Arte de baixa qualidade" é arte feita pra vender sem qualquer cuidado realmente artístico ou, tecnicamente falando, “arte comercial”. Arte que não transmite nada, que leva não a nenhuma reflexão. Coisa que qualquer pessoa faria... Por exemplo, na música temos "eu quero tchu eu quero tcha" e a letra da música não sai disso (é o que chamo “Falsa Arte”, pois, até faz algumas funções sociais da verdadeira arte, como relaxar e colocar o cidadão um pouco em êxtase, mas falta muito ainda pra ser arte como era a Commedia Dell’Arte, onde, apesar de ser uma comédia, muitas vezes, os atores se dedicavam a vida inteira a aprimorar seu personagem e, não obstante, esses personagens, comumente, representavam uma região ou cidade do país). Muitas pessoas escutam isso, ou qualquer pop, por não saberem que pode haver muito mais poesia em uma música como, sei lá: "Procuro esconderijo, encontro um novo abrigo, como a arte do teu jeito e tudo faz sentido" (pra ser moderno, na verdade ia colocar Chico Buarque, mas quem ainda o conhece, não é!?) Enfim, olha qual é a música que tem mais refinamento tanto no que é tocante à letra quanto ao instrumental, qual a letra que exige mais do cantor e, em contrapartida, olha qual a que tem maior repercussão para a grande massa.   Isso por que é só através da música que se pode pensar em algo como poesia na mídia; e alguns comerciais mais inteligentes que fazem por aí, também, mas, neste caso, é arte posta sob a função de vender produtos alheios aos artistas...

Não sei se vocês já viram, mas colocaram "Linda" do ROUPA NOVA em propaganda da Skol. Aquela música, embora pop, é arte, tem todo um refinamento musical. O publicitário que fez a propaganda vai ganhar milhões porque Skol agora vai vender feito camisinha em carnaval! O Roupa Nova certamente vai ter algum lucro, mas vocês já viram fazer propaganda anunciando o CD do Roupa Nova? Já teve, mas qual vocês acham que vai render mais por passar mais vezes? Bom, o que é pior nessa história é que isso vai criando uma identidade cultural massificada muito pobre, mas muito forte, e isso não é péssimo só artística ou culturalmente, mas é um desastre também politicamente.
Quem mora na Grande São Paulo deve se lembrar da propaganda do senhor José Serra: “Eu quero Sé, eu quero Ra, eu quero Serra já serra já”. Isto deveria ser proibido, é praticamente uma lavagem cerebral, pois usa uma música da massa como base pra gravar uma segunda mensagem subliminar em mentes que não reconhecem isso. É golpe baixo que só pode ser aplicado pela elite que sabe usar as potencialidades da arte para o mal, tanto que nenhum dos outros candidatos, que eu me lembre, fez uso desta técnica. Queria ver o que aconteceria se o senhor Serra usasse uma música cuja original tivesse uma letra boa, tipo “Ideologia” de Cazuza ou “Perfeição” do Renato Russo. Sabem por que isso nunca vai acontecer? Primeiro porque não são músicas fáceis de parodiar por causa do trabalho poético que elas possuem. Segundo por que não são músicas populares; quem escuta este tipo de músicas tem uma visão mais ampla e gosta do sentido que as letras têm mais do que do ritmo dançante. E, terceiro, por que, se “colar” e o povo for atrás das originais, a política estará com a corda no pescoço. Também por estes motivos, músicas com teor político são raras mesmo nas raras rádios que tocam música de maior qualidade.

Enquanto isso, na Terra do Nunca, a arte realmente trabalhada que tem intenção artística fica cada vez mais isolada na elite. Tenho rodado saraus por aí e, quando faço alguma coisa de um nível mais elevado, as pessoas que não estão adaptadas a isso ficam encantadas e dizem que não sabiam que a poesia tinha tanto poder e tanta expressão. Acho que devemos repensar alguns conceitos antes de dizer algo do tipo: “o povo só quer porcaria!”, o povo não sabe que existe outra coisa, por isso, não tem condição de procurar. Pegamos Globo, Record e Bandeirantes. Quanto tempo, somando as três, passa alguma coisa sobre a verdadeira arte? No máximo, eu arrisco, 5 horas por semana! Passa bem mais violência do que arte! E ainda dizem que não existe mais censura no Brasil! A arte é muito poderosa para o povo, sabe...

Testemunhei pessoas que tem descoberto os saraus. E, gente, elas ficam maravilhadas com o que a arte pode fazer! Chega a ser triste ver que as pessoas não têm contato com a arte! Essas pessoas começam a ir a todo sarau de que têm noticia, a procurar saraus, a se envolver com os artistas, e isso é lindo! Como uma única noite muda completamente a cabeça de uma pessoa! Tudo isto ocorre, simplesmente, por que o sarau prova que a arte em prática é totalmente diferente da idéia corrente de arte complicada e acadêmica que ninguém entende. Algumas pessoas começam até a se tornar artistas depois que descobrem a verdadeira arte!

Sabem por que isso não acontece em maior escala? Porque os artistas não podem viver em função da arte porque arte, para grande maioria dos artistas, não é nada rentável! Esta situação gera um imenso conflito, uma vez que a arte verdadeira é pouco valorizada, usurpada para beneficio de terceiros e porcamente remunerada para quem faz, alguns artistas estão deixando de lado a função social (ás vezes, até a pessoal) da arte para se dedicar a negócios, aos estudos, ou simplesmente por ideologias como: Fazer sarau em Shopping Center (sim, aqui no Embu, TEMOS ESPAÇO PARA ISSO, mas A MAIORIA DOS ARTISTAS PROFISSIONAIS NÂO COMPARECEM porque) sem receber para isso, não dá!" E aí aumenta-se o abismo entre o povo que vai no shopping por falta de opção cultural e a arte que vai se isolar cada vez mais entre os artistas e os poucos que já a conhecem, entendem a gravidade da situação? Ou a arte arma um levante ou os artistas não recebem dinheiro pra continuar sendo artistas na TERRA DAS ARTES, pois não serão reconhecidos; ENTRETANTO, os artistas querem ser reconhecidos para depois fazer algo a respeito.

Processos históricos provam que movimentos populares é que tem poder necessário para mudar a política (Diretas Já, Revolução Russa, Revolução Francesa a Independência da maioria das colônias européias nas Américas) Todos começaram com um grupo de pensadores e artistas, mas foi a força do povo que pôs o movimento a frente. O mesmo vale pra Embu das Artes, quando toda a comunidade artística se reuniu pra aprovar os 2%(ridículo pra uma cidade que, supostamente, vive de arte, mas fazer o que? Foi uma vitória...) do orçamento municipal para a cultura e arte, não houve político capaz de dizer não. Imagina se tivesse o povo do nosso lado e não jogado nas esquinas da cidade, como seria? Está na hora de parar de frescura e utilizar os espaços que ganhamos!

Abraços.
Ed. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"Guernica" "dell'Arte"

"Guernica" "dell'Arte"
Edgar Izarelli de Oliveira

Talvez um dia o povo aprenda a valorizar a verdadeira arte e não engula mais a porcaria que lhe é empurrada, mas pra isso a verdadeira arte deve agir. E, para agir, precisa se desligar das correntes impostas pela ciência; se livrar do maldito chiclete sabor cola-quente ou super-bonder feito de politicagens bio-estragáveis, sócio-intragáveis e capta-imprestáveis que está preso em seus all-stars, grudando seus cabelos e condenando sua língua ao silêncio mordente dos escravos; abdicar um pouco do falso-moralismo intelectual de seus padrastos e padrinhos, e relembrar a liberdade de seus pais: conhecer e ultrapassar fronteiras do orgulho; transar com pessoas do povo; encher a cara com os amigos num barzinho; invadir as escolas atirando beleza pra todo lado pra chacinar a ignorância; parar a Paulista com a cara pintada de preto; encarar tropa-de-choque; pixar as paredes do governo; depredar o clichê estrutural dos shoppings e dominar a praça pública, nem que pra isso seja preciso se prostituir, se corromper, ou fazer greve de fome pra tornar mais humano o que é divino! Não se ama o que não se conhece!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Senador Eduardo Suplicy + Algumas Idéias...


Conheci o senador na Faculdade Sumaré, nesta sexta-feira, durante o sarau de
lançamento do livro "Percebendo o Ser" de Saulo César Paulino Silva, um amigo meu. O senador declamou a poesia "Um Andarilho", que consta em "Infinitivos", e elogiou meu trabalhou! Após isto debateu um plano de renda básica que todas as pessoas teriam o direito de receber. Considero que a ideia vai de encontro às minhas próprias idéias em tempos colegiais, quando eu acreditava que se a população tivesse uma base socialista em relação a uma renda mínima constante com caráter de direito assegurado na constituição, mesmo que pessoas beneficiadas não estivessem trabalhando,  o próprio sistema capitalista funcionária melhor, pois o alicerce econômico seria igual para todos e a partir dai começaria a evolução individual dentro da sociedade que seria menos violenta, uma vez que todos teriam mínimas condições de sobrevivência e não precisariam se sujeitar a roubos, à prostituição, ao trabalho semi-escravo.
A idéia apresentada pelo senador Suplicy é exatamente esta que citei. Entretanto há um ponto no qual eu sempre travei e infelizmente, na incredibilidade de ouvir um senador brasileiro defendendo tal idéia, acabei por esquecer de indagar qual seria sua solução para este pequemo dilema: De onde viria este dinheiro?
Criar mais um imposto só traria problemas, pois, se criarmos um imposto fixo para todos, estaríamos sendo justos,´porem contra-producentes; uma vez que isto poderia se desenrolar da seguinte maneira: Todas as pessoas pagam R$100 mensais e recebem de volta o valor resultante da divisão da soma pela quantidade de pessoas daquela população. Se as cem pessoas que constituem determinada população "X" pagarem R$100, assumindo que não haja ninguém nesta população que não possa pagar, o Saldo seria 0. Para isso, todos desta população teriam que, obrigatoriamente, estar trabalhando, além de ser algo inútil. Para complicar um pouco as coisas, as crianças teriam que ser isentas da taxa, mas não do recebimento; senão os pais teriam de pagar para cada filho que tivessem. Supondo que na população acima descrita haja 20 crianças, fora os 100 trabalhadores, a quantia recebida já seria bastante negativa (100.100:120 = 83,33) e atrapalharia ao invés de ajudar, embora, pensando num contexto familiar até que valeria a pena, pois, numa família "pai+mãe+criança", a soma do recebimento seria superior ao gasto (3.83,33 = +/-250) Porém, fora disto, nem todo mundo tem filhos e há muitos filhos sem pais por aí... Ou seja, o valor pago ao montante a ser dividido deve ser muito maior do que número de pessoas que recebem para que valia a pena para todos. Isto contando só com as crianças, se cada casal tiver apenas um filho, e ignorando totalmente a existência de desempregados, doentes, trabalhadores cuja renda seja oscilante e tantos outros subgrupos que teriam direito de receber a tal verba. Os aposenados seriam um problema a parte pois já tem o direito da aposentadoria; teriam ou não o direito desta verba bem como o dever de pagar?
Tudo isso significa que o sistema não poderia ser igualitário. Colocando em situações atuais, ninguém daria R$500 de um salário mínimo de R$650 pra receber de volta R$540, embora, pensando que esse seria o capital de giro, até que daria lucro, pois o próximo salário ficaria o integral mais R$40. Mesmo assim, é muito mais lógico se pensar em fazer isso conforme Marx faria: "Quem tem mais posses dá mais dinheiro", mas, neste caso, não seria justo. Além do que criar mais um imposto no Brasil, não dá!
Alternativa mais viável, a meu ver, seria utilizar o dinheiro acumulado pelo Imposto de Renda, que já faz mesmo essa função, e distribuir igualmente para todos sem deixar nada  para os cofres públicos que se alimentariam de todos os outros impostos. Para isto precisiramos rever a constituição e esperar que todos os responsáveis pela administração da verba fossem pessoas íntegras que se venderiam a um esquema de corrupção qualquer, ou seja, precisaríamos de um milagre! (tecnológico?)

Bom acabei viajando nas idéias que foram vindo e, como podem ver, a idéia, apesar de boa em essência, é praticamente inviável com os recursos que temos hoje! Sonho com o dia em que esta ideia poderá ser verdade! Expus aqui os pontos que eu pude notar facilmente, não são todos os pontos. Mas, enfim, não sou contra a causa!!! Até por que isto daria liberdade artística para as pessoas, uma vez que lhes seria permitido não trabalhar tanto assim!

Bom dia para quem está acordando!