EdLua.Artes

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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Epifania- a descoberta de um ser

Epifania

Edgar Izarelli de Oliveira


Os tempos passaram, as coisas mudaram, você está com a certeza certa...

Eu estou no passado, eu sou um cavaleiro antigo a espera de uma donzela pra resgatar!

E, embora tudo tenha mudado, eu creio ainda na arte da alegria Celta!

E minha missão é ser esse passado nesse teu presente futurista e antiquado a cada dia.

Por mais longe que estejas, Milady, no tempo ou no espaço, estarei sempre contigo.

Quando precisares de um nobre medieval, basta entoar nossos cânticos secretos.


Eureca!

E, de repente, tudo faz sentido vago e inexpresso:

A alegação da diferença dos nossos tempos,

A barba longa, os cabelos crescidos, o porte e a inteligência...

A ligação com a divindade das almas, as flores, os cristais, as conchas e marés...

A magia, símbolos, as espadas e armaduras,

A poesia antiga que escrevo, os versos e as rimas ou métricas...

Conhecimentos abstratos se pegam no ar de uma canção...

As marcas de um jeito de viver as coisas mais intensamente,

Escrituras feitas com e por amor, tristezas, alegrias perenes ou morte, transformação,

A falta de musas internas com tantas se oferecendo nas esquinas de pedra...

O jeito de pensar, a maneira de sentir, as dúvidas e as certezas, o modo de agir,

Que ainda resguarda um pouco de cavalheirismo num mundo selvagem por natureza...

As virtudes nas quais acredito, a felicidade que busco, as confidencias...

O modo enfático e apaixonado da minha expressão, o modo de enfrentar as coisas,

As insistências inúteis de tropeçar com alguém que ainda crê na força das palavras,

As filosofias abandonadas, as dimensões e distâncias do sagrado, as lembranças...

A chuva de inverno, o gosto que a simplicidade lunar tem para mim, o Santo Graal!

A honra como ar, a sinceridade como sangue, a emoção como coração,

A crença como razão destinada a se cumprir, a fé faz a mente pura ou não...


E essa epifania, não me deixa outra escolha senão viver de esperanças,

Ou mudar tudo e renovar até arte da minha alma por novas lógicas de exclusão,

Ou, ainda, deixar tudo como está e acabar em pesadelo com cara de robô!

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