EdLua.Artes

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Blog mantido por Lua Rodrigues e por mim. Trata de Artes, Eventos Culturais, Filosofia, Política entre outros temas. (clique na imagem para conhecer o blog)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Apredizado que somente a experiência fornece...

Trilhas Sensíveis (aprendizado, equilíbrio exagerado e surpresas emocionantes)

Edgar Izarelli de Oliveira



Com o passar dos anos, vamos aprendendo as virtudes que nos convém

E repreendendo particularidades sinceras pra, quem sabe, apreender um futuro melhor...


E, neste processo, acho que acabei levando a serenidade muito a sério

E exagerei no equilíbrio frontal da minha vida..

Acho que deixei o controle emocional me controlar,

Formando labirintos de razões para não chorar.

Infelizmente, me esqueci que não dá pra separar muito bem lágrimas e sorrisos;


Com isso, só o que consegui foi ir construindo silêncios e especulações,

Trocando minha espontaneidade, meus impulsos e meus instintos,

Por blocos de concretismos e grandes falhas entre meus pulsos,

Até esgarçar completamente a fina linha lírica de poesias

Que mantinha meu coração um pouco acima da linha alcançada pelo meu olhar terreno

E me permitia a convivência tolerável com a normalidade.


Posso até ter conquistado uma base sólida de sabedoria e sensatez,

Mas de que me vale tudo isso, se, sem ímpeto, a ação se limita à reflexão;

E mesmo a sinceridade foi trincada devido aos choques consecutivos com a realidade?


Hoje, tudo o que posso fazer é assistir os acontecimentos através de janelas fechadas;

E, com um sorriso irônico nas faces, esperar algo que, num lance surpreendente,

Quebre a repulsão estática que criei com essa corrente de pessimismos semi-novos

E rasgue a rede de raciocínios regulares que impede a explosão da expressão escrita.


E, no final, eu reconheço: Preciso da expansão das emoções que já ofereci como esmola

A qualquer um que as quisesse ou necessitasse ter um pouco mais de sensibilidade;

Mas descobri recentemente que o vazio me dói mais que a angústia ou tristeza...

Eu tinha medo. Medo de que a decepção, sempre sádica, me apanhasse desprevenido.

E, mesmo parecendo cinismo, assumo, sou eu quem mais precisa de trilhas sensíveis!