Minha razão de viver tocar a alma com os dedos das palavras. Carinhos ou tapas, depende de quem lê
EdLua.Artes
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Fazia tempo que não vinha uma poesia de duas páginas...
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Exercício de Teatro que transformei em Conto
Para contextualizar. Faço Curso de Teatro com Almir Rosa, tenho aprendido muito com ele. Na última aula, ele dirigiu micro-cenas baseadas em situações fictícias e pediu para que os alunos continuassem somente e especificamente as suas personagens como eles agiriam após a cena, para isso não poderíamos nos apegar a escrever qualquer expressão da personagem com quem contracenamos. Mesmo tendo prática na área prosaica, meus contos sempre procuram relatar ao máximo todas a expressões de todos os personagens para que o entendimento seja apurado em todas as dimensões. Ação e reação são constantes nos meus trabalhos prosaicos. Pra ser sincero, nunca tinha penando em deixar uma parte escondida e tentar mostrá-la à partir da reação. Decidi encarar como um novo desafio. O resultado está neste pequeno conto, posto também o perfil que o professor deu para a minha personagem. Comentem. Abraços!
Ed
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Outro exercício (em que o próprio professor falhou) da Oficina
Uma introdução: A poesia postada foi esctrita durante a aula de ontem, quando sugeri um exercício de simplicidade. Meus alunos se deram bem; quanto a mim, bem, creio que a simplicidade já se tornou um grande desafio. Minha poética se desenvolveu por um caminho onde a superposição de várias imagens complexas e, às vezes. nem tão poéticas é o que cria a beleza e o sentido da poesia, em oposição a simplicidade, que distribui vários sentidos de uma única imagem. Acho lindo quem consegue ser simples, até por que, na essência da minha poética, a simplicidade era mesmo o mais bonito. Bom, meu estilo se desenvolveu assim para poesias maiores ( MAIORES QUE SEIS VERSOS QUE NÃO SIGAM UMA LINHA HAIKAISTA, embora, nos últimos tempos, tenho podido simplificar um pouco, redzindo a extensão da poesia), o mais simples que consigo fazer é algo por volta disso,
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Bom dia VIII
Bom dia!
Desejo que hoje quebres o ciclo dos acontecimentos e pensamentos que te conduzem a uma zona depressiva, introduzindo um simples sorriso, um recado de alegria, um pouco de esperança na face de quem gostas, para que a vontade de retribuir possa se espalhar como luz nos espelhos do olhar.
Afinal, é introduzindo uma mudança que mudamos todo o ciclo e são as pequenas mudanças feitas por nós que podem trazer grandes surpresas para nós!
E é assim, retribuindo a alegria que me causas com tua presença em meu coração, que eu quero espalhar um riso aberto que mude teu dia para alguma variante mais feliz!
Edgar Izarelli de Oliveira
domingo, 16 de setembro de 2012
Oficina "Sentido Literário"
Bom, estamos em Setembro, praticamente, meio curso ja transcorrido mas ainda temos vagas então refaço o convite. Venham fazer uma aula pra conhecer o trabalho. Procuramos desenvolver um trabalho visando o estilo próprio de cada um. Nada forçado. Quanto a idade, colocamos no folheto de 15 a 20 por que era a idade preferencial, mas atendemos de 15 a 29 anos.
sábado, 15 de setembro de 2012
Sentimentos de um dia...
O Oitavo Espectro da Saudade
Edgar Izarelli de Oliveira
Passar o dia desanimado não me seria tanto problema
Se, ao menos, eu conseguisse converter o tédio em ócio criativo,
Mas a saudade domina meus pensamentos até que eu canse da luta
E comece a lembrar de datas, dos horários, dos tons de voz, dos abraços, dos sonhos...
Na verdade, já faz algum tempo que sinto se aproximar de mim,
Pacificamente e sem me deixar saídas plausíveis ou reações cabíveis,
Essa sensação estranha que força um elo a mais para correntes, já separadas,
De coisas abstratas que ainda parecem fantasmas tomando formas vagamente visíveis
Só pra que eu não esqueça que o oitavo ciclo do inferno é o paraíso mais perfeito.
No começo, eu achei que era algo passageiro que, depois, foi parecendo desespero,
Mas hoje eu sei que é saudade pura, daquela que pulsa nas veias, nos músculos, nervos.
E quem diria que, depois de tanto tempo, me faria tanta falta esperar por alguém?
Quem diria que eu passaria horas criando pretextos inexistentes pra combater o medo
De telefonar só pra ouvir a voz da pessoa amada, como se isso fosse crime inafiançável?
Quem diria que o querer por querer um dia não bastaria pra pessoas que se gostam...
E seria preciso querer precisar pra poder reatar as linhas da comunicação possível?
E quem diria que eu repetiria, algum dia, a mesma pergunta sorrateira:
Só por que a relação acabou o amor, agora, é carta rasgada que ninguém nunca lerá?
É tão proibido assim mostrar afetividades sinceras a quem não nos integra mais?
Sei lá, mas essa saudade me induz a querer precisar querer estar por perto...
Só pra descobrir que o oitavo espectro da saudade é a própria saudade.quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Para explicar uma coisa básica, só uma poesia me serve
A Matéria-prima
Engana-se quem acha que a poesia é feita de palavras.
Palavras são pregos, pinceladas, toques, canais, coisas fortes e banais.
Palavras são os instrumentos, não a música.
Palavras são os atores, não a cena.
Palavras são os tijolos, não a casa.
Palavras são os passos, não a dança.
Palavras são os atos, não a filosofia.
Palavras são os sentimentos, não a sensação.
Palavras são as armas, não a guerra.
Palavras são esculturas numa base de papel, não a matéria-prima.
A poesia pode ser feita de areia, de barro, de plástico, de cerâmica,
De argila, de madeira, de mármore, de metal, de vidro, de gelo...
Poesia pode ser feita de material reciclado, de lixo, de restos, de sobras, de faltas.
Poesia pode ser feita de ar, de fogo, de raios solares, de neblina, do luar...
A água é sempre boa matéria, maleável e inconstante, mas sempre presente,
Pode nos dar lágrimas, poças, poços, lagos, o movimento dos rios e as ondas do mar.
Poesia pode ser feita de amor, de prazer, de tristeza, de alegria, de raiva, de pensamento.
Poesia pode ser feita de pólvora negra.
Há poesias feitas de penas.
Poesia pode ser feita de pessoas, de lugares, de situações, de vidas, de mortes, de sortes...
Poesia pode ser feita de cores, flores, fotos, de fatos, de contos, de muros, de murros,
De telefonemas, de cheiros, de olhares, de sorrisos, de cabelos brancos, pontes, pontos,
Folhas, carrosséis, medos, lutas, conquistas, cidades, doenças, campos, solidão, fé...
Há até poesias feitas de poesias. Poesias feitas de nada, de silêncio, de possibilidades.
A poesia pode ser feita de qualquer coisa, mas sempre acaba por ser a mesma coisa...
A lápide de cristais lapidados a lápis ligada por uma linha lilás à leveza das estrelas,
Onde repousa o peso das palavras que encontram olhos numa correnteza de sentidos!
Edgar Izarelli de Oliveira
domingo, 9 de setembro de 2012
Haikai Inspirado En Mi Amor
Ilumina pela fé,
Não por milagres!"
Edgar Izarelli de Oliveira
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Acabei de escrever
"Assistirei ansiosamente paciente a cada um dos malditos comerciais
Que passam diante da minha vida e dirigem a mim grotescas mensagens subliminares,
Querendo que eu compre dúvidas e consuma realidades errantes;
Só para não perder nenhum pedacinho da nova novela das nove
Pois quero ser o primeiro a reconhecer que é para mim a voz protagonista,
As curvas da face ao sorrir, o aspecto brilhante dos cabelos soltos, o jeito carismático de andar,
Para, enfim, saber de quem, afinal, é o corpo flexível e erótico,
Que atua indiscretamente como recipiente desta coisa tão bela e sensual
Que é a alma de uma mulher repleta de sinais amorosos que meu abraço tanto buscou!"
Edgar Izarelli de Oliveira
Três em um ou um em três?
"Botão recluso…
Pétala silenciosa
É bela chave!
Botão recluso,
Conserva tua beleza
Pra um dia de sol!
Deixa expostas as flores
No campo do amor!"
Edgar Izarelli de Oliveira
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Tentativa de Poesia Quântica?
Onde está minha Paz?
Sinto saudades de certas pessoas em certos alinhamentos mundanos...
Pessimismos em cadeia irrompem na luz que sustenta a órbita de meus olhos.
Carências dominando planetas inteiros iluminados por auroras noturnas de deslumbramento...
Me perdi nos meus relatórios sentimentais e o equinócio já está por um fio de Inverno...
Mas, na verdade, eu preciso é de espaço para bagunçar o coração...
Em que gaveta deste universo será que encontrarei minha carta de Paz,
Se um buraco negro duvidoso atirou minha chance de ver o eclipse solar durante o trânsito de Vênus
Numa antiga fenda aberta entre duas realidades tão próximas e tão opostas,
Como esta ferida que custa a cicatrizar, noutra dimensão neutra que eu desconheço?
Edgar izarelli de Oliveira
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Lições de Casa
Na oficina "Sentido Literário", estou trabalhando as antíteses com meus alunos e terça-feira passei uma lição de casa: escrever uma poesia com antíteses. Mas achei um exercício interessante pra mim mesmo e, por gosto de crer que posso sempre evoluir, acabei fazendo uma poesia rica nessa figura de linguagem. Bom, na verdade, antíteses tem se tornado minha especialidade ao longo dos anos... Não sei dizer exatamente por quê, mas, dentro do meu estilo atual (2011 para cá), as figuras de choque, tanto antíteses como paradoxos, ganharam mais espaço do que figuras de construção, como as metáforas, por exemplo. Desenvolvo isso a ponto de precisar cada vez mais dos advérbios, sobretudo os advérbios de modo, por que substantivos e adjetivos opostos ja não me contentam mais! Bom, a inspração pra essa poesia que posto abaixo saiu de uma conversa muito estimulante, artisticamente falando, que tive ontem. Espero que gostem! Comentem.
PS: Devo um texto sobre a bienal do livro, mas as fotos já estão na GALERIA.
A Calma das Antíteses
Edgar Izarelli de Oliveira
Nas últimas semanas, estou assustadoramente calmo
E, lentamente, sob a luz de um método apurado,
Isso tem me desesperado por medo de perder a coragem de escrever...
Por que, depois de assistir meu rosto ficar sério;
Meu pensamento se concentrar até enriquecer, ganhar peso e valor;
As partes opostas das contradições deixando o embate pra mais tarde,
Se ignorando e virando certezas lucidamente desacreditadas, quase loucas,
Enquanto meus olhos se distraiam, cada vez mais levianamente errantes,
Nas emoções pobres, roucas e rotas de um horizonte indesejado,
Percebo que os afetos do mundo estão me causando muitos desencantos...
E, agora, penso que é ausência de conflitos é que tumultua as relações,
Já que nem todo silêncio é aceitação e nem toda tranquilidade é bem-estar.
Mas é uma gota de felicidade tocar minha alma numa conversa qualquer
Que a inspiração dissolve as linhas inexistentes entre a lágrima e o sorriso
E, neste instante, me reconcilio com o choque esperadamente inesperado da poesia,
Por que sinto a antítese se afirmar dentro de mim como se fosse meu paraíso...
E daí concluo, com a sabedoria comum a uma população estranha de descobertas:
A esperança já não é mais a última que morre e, na verdade, ela se suicida rapidamente, Entretanto, ainda é a primeira que se renova na calmaria vibrante de uma boa conversa!
.........................................................................................................................................Abraços,
Ed
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Cota social nas Universidades PÚBLICAS é um direito?
Cota social é um direito...
Errado! Não precisaríamos de cotas sociais nas faculdades PÚBLICAS se sua "excelência" de ensino fosse aplicada desde a base escolar em rede pública até a faculdade. O Governo está contentando o povo com migalhas, como faz desde a Roma antiga! Na verdade, o governo não tem que fornecer cotas para pobre estudar na faculdade pública, a constituição brasileira não diz isso. O Governo é obrigado a fornecer educação acessível a todos, mas, infelizmente, não especifica a qualidade da educação (como não especifica em nenhuma das outras áreas chamadas de "básicas").
Quero dizer, O Governo, teoricamente, teria que fornecer educação capaz e formar mentes pensantes que possam competir igualmente com todos. Mas o que acontece de verdade é que a escola pública é feita com a intenção de 1º cumprir com a constituição. 2º formar massa trabalhadora e de manobra. As Faculdades interessam ao Governo por causa das pesquisas, mesmo assim, só em certas áreas que pouco podem desafiar a autoridade política, e quase nada para artes ou desenvolvimento intelectual.
No campus central da USP, por exemplo, a Faculdade de Economia e Administração é riquíssima, perto dali tem a de letras que é a mais pobre. Interessante como o governo não quer que a gente seja capaz de ler e interpretar, já que corta justo quem pode ensinar a ler e escrever, mas quer que saibamos fazer dinheiro e fazer contas, não é? Por isso estão contratando professores que não sabem dar aula e fazendo todo mundo seguir aquela cartilha aqui no Estado de São Paulo. Formação de massas revestida com cascas estatísticas dizendo que a educação melhorou, e aceitamos! Lógico, esta melhorando: Dão "Chapeuzinho Vermelho" para oitava série ler e perguntam no SARESP “qual a cor do chapéu?” E ainda tem gente que diz que é AZUL. Isto quando perguntam sobre os livros que deram.
Não sou totalmente contra as cotas sociais por que, infelizmente, é o recurso que temos hoje para tentar melhorar a vida, mas não que isso faça alguma diferença para a educação no país. Se quisermos mesmo mudar a educação, não devemos começar com a entrada da faculdade discutindo cotas que sustentam um sistema falho de fazer as pessoas sonharem com futuro.
DEVEMOS PROTESTAR contra a precariedade salarial dos professores, contra o sistema de aulas que vai mortificando as capacidades de raciocínio, interpretação e criação dos alunos ao invés de estimulá-las! Não podemos esperar que essa mudança venha de cima pra baixo! “Vem, vamos embora que esperar não saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.” (Geraldo Vandré)
Edgar Izarelli de Oliveira
Bienal SP!
Eu estarei na Bienal do Livro de São Paulo! Dia 19/8, das 11:00 às 13:00, no Estande All Print Editora localizado na rua L, nº 50. O livro que estarei expondo será "Infinitvos - Onde tudo é Possível". Um livro que procura, através de choques poéticos, acordar as pessoas para a vida!