Por falar na Lingüista, ela estava na platéia, no dia da minha estréia, em Setembro. Quando a vi, me assustei e fui falar com Sophia, que me concentrou para a peça. Depois que acabou o espetáculo, Vitória veio me ver, me dizendo que queria voltar pra mim, que havia errado, que eu era o homem que ela sempre sonhou, chegou a mim, claramente apaixonada, era a Vitória do meu casamento que estava ali, segurando minhas mãos, beijando minha boca e me abraçando, cheguei até a responder, beijando-a no pescoço, mas Sophia percebeu que eu precisava de ajuda e veio a meu socorro, chegou e se encostou no meu ombro, quando eu e minha Rainha conversamos, me deu um beijinho no rosto e me perguntou quem era aquela mulher; eu percebi o que ela estava fazendo e fiz as apresentações, apresentando Sophia como minha namorada. Vitória, enciumada, foi antipática e continuou tentando me reconquistar. Sophia percebeu que precisaria ser mais incisiva, e agiu de forma enciumada também... E como Vitória não parou a sedução dela, Sophia disse que precisava ir embora, carinhosamente me chamando de amor, ela se atirou em meus braços e me olhou nos olhos com os mesmos olhares de Vitória, me pedindo que a beijasse... Mas ai, eu já não sabia se era encenação ou verdade, acabei beijando-a de verdade. Foi o beijo da morte para Vitória, que se despediu de mim, toda triste.
Nunca mais a vi, não vou negar que não sinto falta dela, até porque nunca mais nem sequer beijei Sophia, nem qualquer outra pessoa... Sophia, minha amiga do coração, ela combinou comigo que eu podia apresentá-la como minha namorada, mas nunca fomos namorados, embora às vezes ela me desse selinhos e embora nos comportássemos como namorados, era só disfarce para proteção, a verdade é que não queríamos nos separar nem nos envolver além da amizade pura e límpida, com algumas gotas de romance, não nego. Como nunca neguei a ela que meu verdadeiro amor sempre foi e sempre será Stella e sua poesia doce.
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