Procura-se um novo poeta
Edgar
Izarelli de Oliveira
Procuram-se as minhas mentiras,
Porque as minhas verdades eu já conheço
E, pra ser sincero, já me enjoaram!
Procuram-se as minhas ilusões,
Por que vivo em realidades que não desejo
E, pra ser bem franco, já me enojaram!
Procuram-se minhas artes,
Por que as ciências é que me parecem devaneios
E, pra ser bem prático, minhas teorias é que me condenaram.
Procuram-se novas histórias pra contar,
Por que contar sempre a mesma já está me causando desnorteio
E, pra ser bem correto, os mesmos roteiros me desordenaram!
Procuram-se novos sonhos,
Por que, nestes cantos, o peso da insônia já interveio
E, pra ser bem carente, os pesadelos é que me despertaram.
Procuram-se novas emoções também,
Sentir sempre as mesmas já me privou de muitos sentidos e
ainda estou num tiroteio
E, pra ser bem direto, mais de uma vez as mesmas balas me
acertaram.
Procuram-se novas poesias,
Não quero mais falar de sentimentos que desconheço
E, pra soar bem poético, posso afirmar que meus amores me
enterraram.
Procura-se, dentro de mim, um novo poeta
Que consiga me fornecer outros começos
E, por ser bem discreto, outras formas que já me libertaram.
mudaria algumas coisas, mas também sou poeta, e assim insatisfeito. Vivemos procurando, não sei se por ser poeta, ou ainda querer esta ilusão. Admiro as antíteses, o desassossego ( tantos ésses - estranho ), ser poeta e não ser ( busca do poeta ).
ResponderExcluirTalvez soe como uma troca e um pedido ( é um pedido ). Meu blog é bemmeedito.blogspot.com.
ResponderExcluirPreciso aasumir mais meu ego.