EdLua.Artes

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Uma poesia renovada.

Boa noite, gente!
Essa poesia eu escrevi no ano passado, por volta de outubro... Mas, na época, eu senti que faltava uma parte. Os versos pareciam ser de duas poesias grotescamente afuniladas em uma só. Eu peuei essa poesia esses dias, pois estou participando de vários Saraus e preciso de poesias pra recitar.... (gente, tenho muita coisa pra compartilhar, muitas novidades; depois farei um post só com as notícias)... Bom, percebendo que a poesia estava em aberto e mal-acabada , resolvi re-trabalha-lá. Pensei em separar ela em duas, entretanto não encontrei mais, dentro de mim, o ponto certo de ruptura nem o ritmo exato da poesia. Decidi, então, re-amarrar com uma estrofe extra e um re-arranjo de alguns versos... Como resultado final dessa experiêcia impar na minha carreira e filosofia artística, obtive a seguinte poesia. Espero que gostem! Abraços!

Tempo louco

Edgar Izarelli de Oliveira


Que bom que a loucura desse tempo

Não é tanta

A ponto de esquecer de me trazer o Sol

Após a chuva de lágrimas que derramei

Nesse tempo louco...


Ainda bem que o louco do tempo

Ainda conserva um pouco de bom senso

E recomeça a contar os segundos

Dos nossos loucos lados ocultos

Antes que a loucura me deixe triste...


Que bom que esse tempo louco

Guarda um pouco de amor no coração

E derrete essas loucas horas

Até que o ouro da felicidade

Brote fácil da terra molhada dos meus olhos...


E esse louco tempo

Ao menos demonstra ter piedade

No momento em que não me permite fazer

Da sua loucura apressada

A minha triste loucura desvalorizada...


E o tempo apesar de louco

Na sua bondade ainda me diz

Que eu posso ser feliz pelo tempo que quiser

Se conservar, em mim, uma vírgula pra respirar

E ser eu mesmo...


E que bom que o tempo, de tão louco, se divide em mil

Pra respeitar a minha ansiedade, inspiração e minhas lágrimas.

Sob as águas do meu tempo

Mundano e íntimo se separam

Deixando somente a transpiração da poesia que perdi

No tempo vazio de outros olhares secretos!


Eu tinha esse tempo, o tempo certo da poesia,

Correndo dentro da principal artéria da minha alma

E quis o espaço, o espaço independente da loucura...

Queria um espaço pra ser louco...

Louco por amor, louco por medo, louco pela vida...

O tempo me cedeu um colo, uma mão, um beijo...

Agora preciso de tempo pra achar alguma poesia dentro de mim...

E minha alma balança a calma entre a tristeza e o sorriso

Sem escrever mais versos vivos,

Mas sem ânsias e correrias atrás do dado da sorte...

Eu quero achar o tempo certo de fazer as pazes com minha arte

Mas esse tempo louco insiste em matá-la...

Nenhum poeta é feliz sem palavras!

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