Pequenas Poesias da Esperança
Edgar Izarelli de Oliveira
E me surpreendi ao abrir a janela do quarto
Depois de uma noite de finas garoas e firmes abraços...
Parece que a tempestade durou mais que o previsto,
Mas as gotas leves do inverno abrandaram um pouco os traços;
As feições do tempo e da distância parecem continuar a improviso
Numa cena já mais suave e, com certeza, mais bonita e com mais sorrisos,
Aquilo que a fúria e o desespero haviam inundado.
E parece que a fé dos sobreviventes finalmente chama a estrela para o palco.
Te chamo para assistir, acolhida nos meus braços, a um céu nublado.
A estrela, discreta e tímida, ainda se esconde entre algumas dúvidas e mágoas,
Ainda parece não saber se sai ou não para nos dar o paraíso,
Para mudar o destino e anunciar o fim das águas...
Mas seus raios de luz já nos provam que ela existe e parece disposta a perdoar.
É seus raios de luz, ainda inconstantes, já me mandam pequenas poesias da esperança,
Enquanto iluminam nossos olhos e a as terras encharcadas...
Te fazendo derramar em meu ouvido a voz fluida do amor, líquido sagrado da vida,
Inspiração maior para tudo que eu já vi a fé trazer e a poesia cantar!
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