Sumi mesmo, assumo! É, assumo mesmo, porque foi necessário... Estou ainda tentando decidir entre a luz e a sombra da minha vida. Tenho muitos sinais e letras jogadas que ainda não formaram por si só uma sentença inteligível, provida de forma e conteúdo. Na verdade, está acontecendo o inverso, estou perdendo o livre arbítrio pra ganhar cada vez mais a liberdade plena e esse processo anda me assustando um pouco, toda essa coisa de fazer a própria possibilidade... Opa! Tenho assistido muito "Café Filosófico" (programa que passa na Cultura, Domingo lá pelas onze da noite, boa dica para as pessoas pensantes, ou não H)). Os dois últimos programas foram muito úteis para mim, pois, falaram de amor e felicidade; extamente o que eu estou precisando repensar e reperceber.
No programa de ontem, aprendi a diferença entre livre arbítrio e Liberdade. O primeiro se trata de uma escolha livre entre coisas previamente determinadas, enquanto que na segunda, nós somos responsáveis pela criação de nossas próprias possibilidades. Isso combina muito com todo meu pensamento atual, com o qual estou às voltas, já que tomar uma decisão agora significa ser ousado o suficiente para, depois de cometida a loucura de qualquer escolha possível, poder me dizer, sem medo, que tenho orgulho do que fiz daquilo que a vida fez de mim. Sim, acredito que nascemos com alguma coisa para ser realizada, no destino, mas como esse destino vai se dar depende, exclusivamente, do que faço hoje. A vida, ao meu ver, é uma novela (ou romance) escrita a tinta incorrigível, na qual o autor tem uma ideia original, mas, se uma vírgula for colocada equivocadamente, terá que "desmelindrar" todo um ciclo de acontecimentos para voltar no mesmo ponto e corrigir a vírgula e isso gasta muito tempo. Mas, tem um detalhe, na vida quem coloca a vírgula é o personagem.
Édipo, para citar a mais conhecida história de destino do ocidente, matou o pai verdadeiro por não saber que era adotado, se tivesse procurado saber se os pais com morou eram seus verdadeiros pais, não teria fugido e, consequentemente, não teria matado o pai. Será? A vida dele poderia dar voltas e voltas até o fato acontecer? Talvez. Mas, quanto a mim, prefiro crer que todos os caminhos me levarão ao mesmo lugar. A questão é: em quanto tempo? E quantas coisas eu vou ter que refazer até chegar lá, se escolher a estrada errada? Não que minha vida até aqui tenha sido 100% certa. Na verdade, só acertei na escolha de ser escritor e professor. O resto é erro ou cálculo errado com prática certa ou cálculo certo sem prática ou, ainda, prática feita certa, mas pela metade.
Deveria encarar tudo como ensinamento, pois, realmente aprende-se mais com os erros, mas sabem, estou vendo parte do que eu quero de verdade mais longe de mim; e sinto que a próxima possibilidade que eu escolher pode fechar por muito tempo a porta que me leva ao que desejo de todo o coração.
E nessa angústia é melhor viver o presente. Mas o que fazer quando o presente se divide também em puras possibilidades? Me isolei um pouco para ver se achava a saída, porém, pra cada saída abrem-se um milhão de novas entradas. Estou me tornando cada mais paradoxal e isso talvez me leve longe mais rápido que ter alguma certeza.
Durante esse tempo, entreguei-me profundamente à lírica, produzindo muitos novos textos. Também reli meu romance, atrás da ideia de como continuá-lo. a idéia não veio com tanta assiduidade, mas veio uma lembrança, eu ainda tenho que escrever a filosofia de composiação de personagem segundo Edgar Izarelli de Oliveira (Yasmim continua me desafiando, mulher cheia de mistérios!)...
Bom, escreverei esse texto. Creio que até domingo está pronto, mas não prometo nada...
Abraços galera!
Ed
O tempo é a solução!
ResponderExcluirOlá meu anjo!
ResponderExcluirAmei o seu trabalho.
Tenho um filho compositor da sua idade e acredito na juventude.
Foi um prazer tê-lo conhecido!
Beijos,
Nirma Regina
Senhorito, já faz algum tempo que postou aqui, mas comentarei.
ResponderExcluirQuanto ao destino - conceituado por mim -, não acredito que as pessoas tenham essas coisas traçadas no momento em que são geradas. Não acredito porque não gosto de acreditar e não acho que deva ser assim pensado.
Ora, e se pensarmos então, nas pessoas que são traídas e acabam a vida de forma extremamente insignificante? - Não, a pessoa não pode ter nascido para morrer assim.
Elas nascem, fazem escolhas.
As escolhas é que nos levam para os lugares que futuramente chegaremos.
Se supormos que existe realmente um DESTINO sem possibilidade de ser mudado por nós, qual o sentido de vivermos e rumarmos contra isso?
Bem, preciso ir te encher o saco ainda... e aliás, se isto te interessar, convido-o.
http://www.fflch.usp.br/sce/cursos/4_I_enc_oriente.htm
Opa, gostei muito do "Palavras d'alma", o blog e os textos são de primeira.Também assisto o "Café Filosófico" sempre que posso, ótimo programa.
ResponderExcluirAbraço.
Bom, vamos por partes: Alex, valew cara!
ResponderExcluirRegina, obrigado pelas doces palavras e pela grande crença na juventude, precisamos muito desse crédito para aflorar novas artes.
Ayumi, como sempre, suas palavras me renderão mais um um Post, minha amig; e verei sim o site que me mandaste. E vê se vem logo me encher o saco e traga o Embis contigo!
Lucas, valeu pelos elogios!!!
Edgar,amamos seus livros e te admiramos muito pela capacidade de colocar mais amor nas nossas vidas!!! Ainda bem que existe computador e que vc se revela através dele para o mundo, inclusive a nós!!!!Beijos das suas "novas" fãs!!! Marta, Stela (filha da Marta) e Rafaela (neta da Marta).
ResponderExcluirEgar, visite também o blog da Rafa!!
Obrigado Marta, Stella e Rafaela!
ResponderExcluirpode deixar q visito sim!